A
Papisa Joana é um filme de gênero épico produzido pela produtora Constantin
Film e baseado no romance “A Papisa Joana” da autora americana Donna Woolfolk
Cross. O
elenco do filme conta com a atriz alemã
Johanna
Wokalek no papel principal de Papisa Joana, David Wenham como Gerold, seu amante, e John Goodman como o papa Sérgio II. Sua pré-estreia
mundial ocorreu em Berlim em 19 de Outubro de 2009, e seu
lançamento ocorreu no dia 22 de Outubro de 2009. O filme possui duração de duas
horas e vinte minutos.
O filme se passa na Idade Média (Idade das trevas) nos
anos 800 D.C e relata a lenda da única mulher que ocupou o trono papal. A história mostra desde o
princípio que mulheres não possuíam nenhum direito, consideradas
inferiores, seres sem inteligência, eram impedidas de estudar e podiam ser
estupradas e até mortas pelos maridos. O começo do filme se passa em um vilarejo que mostra a
vida de Joana e sua família. Nesse vilarejo a igreja tinha grande influencia,
nesta época o clero dominava as populações.
O filme descreve a vida de Joana, que desde muito cedo
possuía inteligência e grande conhecimento de religião e línguas usadas na
época. Joana adquiria conhecimento mais rápido do que seu irmão, além de ter
maior interesse no conhecimento. Insatisfeita por não poder possuir os mesmos
direitos dos irmãos, busca com a ajuda da mãe e dos irmãos conhecimento sobre
religião e línguas.
Foi repreendida pelo pai (fanático religioso que
possuía a visão que era um pecado mortal mulheres adquirirem conhecimento), porém
um estudioso da época que procurava meninos para levar a escola religiosa
conheceu Joana e seu irmão, e começou a ensiná-los muitas coisas. O estudioso
percebeu que Joana era especial e gostaria de leva-la junto com seu irmão para
a escola de Dorstadt, porém o pai se sente ofendido e não autoriza, deste modo
o estudioso vai embora. Maravilhados com os relatos do estudioso sobre Joana, a
escola manda busca-la, porém o pai e a mãe alegam que o irmão é o escolhido, e
ele vai sem Joana. Não satisfeita ela foge e o encontra no meio do caminho.
Chegando à escola ela ainda sofre muito preconceito por ser mulher, mas Gerold
(seu futuro amante) a ajuda acolhendo-a em sua casa junto com sua mulher e suas
filhas, enquanto seu irmão morava na escola.
Seu irmão morre em uma invasão dos vikings e Joana foi
a única sobrevivente, e fugiu para um monastério, fingindo ser homem por anos e
aprimorando cada vez mais seus conhecimentos medicinais, este foi o único meio em
que ela encontrou para se tornar o que tanto almejava: utilizar sua inteligência em prol da população na
época.
Se muda para Roma e com suas habilidades médicas se
torna conhecida e começa a tratar das doenças do papa. Ao decorrer do tempo ela
se torna íntima do papa até conquistar o trono papal (após a morte do papa),
onde realizou benefícios para o povo (principalmente para os pobres e
mulheres).
O filme mostra de maneira explicita e muito realista da
época, em que mulheres eram meras ferramentas, sem direitos, e feitas para
cuidar da família e da casa e ser submissa ao seu marido, enquanto os homens
eram seres superiores, dominantes, aptos a obter conhecimento e portar
inteligência. Aborda também a educação da época, que era restrita apenas para
homens. A educação seguia as doutrinas da igreja consideradas como único meio
de verdade, pois a igreja dominava o poder da sociedade.
O filme é ótimo para entender sobre
a educação e o modo que as mulheres eram tratadas na idade média, além de que é
uma forma de entender que a sociedade machista está incrustrada na história da
sociedade.