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terça-feira, 9 de maio de 2017

Período Jesuítico (1549-1759)


A Europa estava passando por uma reforma protestante (luteranismo).
A invasão dos europeus na América foi o maior genocídio da história.
Com a descoberta da América e a expansão dessa nova colônia, houve a necessidade de “civilizar” seus moradores, com isso a vinda dos padres tinha o intuito de conquistar mais fiéis através da catequização dos índios (povos considerado pelos portugueses como sem religião).
Além de serem catequizados e obrigados a aprender o Português (língua falada pela metrópole) os índios recebiam ensinamentos   da cultura europeia e sobre o significados de trabalho, pois esses trabalhavam apenas para sobreviver (ter o que comer). Ao ensinar sua língua aos índios, os padres também tiveram que aprender um pouco da língua nativa e conviver com eles.
As aldeias de catequização tinham um objetivo doutrinário, econômico e político:
Doutrinário: a Igreja católica precisava de mais fiéis.
Econômico: os portugueses viam os índios como uma nova mão de obra barata, mas para isso, eles precisavam entender o significado do trabalho.
Político: Usavam os índios considerados mais “civilizados” para se defender dos considerados “selvagens”.
A expulsão dos Jesuítas do Brasil se deu a partir do momento em que se tornaram um empecilho na economia da metrópole; houveram algumas divergências entre os padres e os governantes. Esses últimos queria escravizar os índios, porém a igreja não permitiu, pois os índios ( a grande maioria) eram catequizados, significava que a partir disso eram considerados como filhos de Deus, tornando a sua escravidão proibida.
Mesmo assim, alguns índios foram catequizados, porém, não tinham potencial físico (força bruta) para o trabalho pesado. A partir daí que veio a história em que consideravam-nos preguiçosos.
Precisando de mão de obra, o metrópole começou a trazer para o Brasil escravos de origem africana, considerados mais fortes, saudáveis e resistentes ao serviço.

                            DISCUSSÃO: 

Identificamos nesse breve resumo sobre o período Jesuítico a existência de uma visão eurocêntrica.

De um lado os Europeus, considerados por si mesmos mais evoluídos, com uma religião e um único Deus, dominantes da escrita e de uma vasta cultura civilizada onde utilizavam o trabalho para acumular capital (sociedade capitalista).
Do outro lado, os Índios, que já estavam naquelas terras antes de serem “descobertas” pelos portugueses ( termo certo é invadidas, pois essas terras já existiam e eram habitadas), eram considerados mais primitivos, sem religião ( o que não é fato, pois os índios cultuavam diversos Deuses diferentes), possuíam um tipo de registro diferente, não convencional, sua linguagem também era diferente ( a língua mais falada era o Tupi Guarani) , viviam em uma situação harmônica com a natureza e sem precisar trabalhar para acumular capital.
Esse pensamento deixa claro que os índios não eram considerados como ‘cidadãos” donos daquelas terras. Toda essa visão gerou um estereótipo, uma figura tribal que ainda insiste em continuar até hoje.


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