O Estado
Novo foi o regime político brasileiro nacionalista de cunho
autoritário, fundado por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937,
que vigorou até 31 de janeiro de 1946. Sob forte influência da
marcante e crescente crise econômica europeia que culminou da 2ª
Guerra Mundial, fortalecendo ideologias fascistas, anticomunistas e
de conquistas de territórios.
Getúlio
Vargas criou, em 1943, a CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas
-, a qual proporcionou aos trabalhadores diversos direitos
trabalhistas, tais como: criação da Justiça do Trabalho, da
carteira de trabalho, instituição do salário mínimo, do descanso
semanal recompensado, da jornada de trabalho de oito horas e
regulamentação do trabalho feminino de menores de idade.
Porém,
diversas medidas despóticas também foram implantadas durante o
Estado Novo, entre elas a fundação, em 1939, do DIP - Departamento
de Imprensa e Propaganda -, que tinha como obrigação concentrar,
organizar, encaminhar e inspecionar a propaganda nacional – interna
ou externa.
Estabeleceu-se
o "estado de emergência", que ampliava ainda mais os
poderes do Presidente, admitindo que o Estado entrasse à força nas
casas, prendesse indivíduos supostamente desfavoráveis à forma de
governo vigente e os banisse do país. A pena de morte passou a ser o
castigo para crimes considerados políticos.
As
Forças Armadas começaram a exercer o controle sobre as forças
públicas, com o apoio da Polícia Secreta, encabeçada por Filinto
Müller e catedrática em fazer uso de métodos violentos, como
torturas e assassinatos.
Nesse
período, a educação se moldava ao desenvolvimento econômico
capitalista industrial acelerado, deixando a educação a cargo do
Estado, do qual exigia formação de demandas que atendesse a relação
capital/trabalho. A solução pra essa demanda veio da classe menos
favorecidas, tornando os estudos profissionalizantes passíveis de
acesso a esses apenas no ensino normal, graças às mudanças no
sistema educacional que correspondia á divisão econômico-social do
trabalho da época, acontecendo em dois tempos:
Em
1942- Estruturou o ensino industrial, reformou o ensino comercial e
criou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e
organizou o ensino secundário em dois ciclos: o ginasial, com quatro
anos, e o colegial, com três anos. Gustavo Capanema esteve à frente
do Ministério da Educação durante o governo Getúlio Vargas, entre
1934 e 1945.
Em
1946- A Lei Orgânica do Ensino Primário organizou esse nível de
ensino com diretrizes gerais, que continuou a ser de responsabilidade
dos estados. Organizou o ensino primário supletivo, com duração de
dois anos, destinado aos adolescentes a partir dos 13 anos e adultos,
a legislação de ensino, o ensino normal e o ensino agrícola, além
de criar o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC. Nesse
momento o Ministério da Educação estava a cargo de Raul Leitão da
Cunha.
Discussão:
Apesar
do período apresentar apenas 10 anos ele é marcado por várias
mudanças econômicas, educacionais e políticas do Brasil. Com
grandes marcos como a Intentona Integralista, o Plano Cohen
arquitetado contra o comunismo, a implementação de um regime
autoritário, e um incentivo a educação técnica voltada a
industrialização do Brasil.
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